O que é Guarda Nidal?

A Guarda Nidal, ou “birdnesting” em inglês, é uma forma de guarda compartilhada em que as crianças vivem em uma única residência e os pais alternam o tempo em que residem lá para cuidar dos filhos. O termo “birdnesting” se refere à ideia de que os pais estão cuidando dos filhos como “pássaros em um ninho“. Então, a casa é o ninho e os pais alternam o tempo cuidando dos filhos. O que é Guarda Nidal?

Essa abordagem é menos comum do que a custódia compartilhada tradicional, em que as crianças alternam entre as casas dos pais. Ela pode funcionar bem para algumas famílias que desejam minimizar as mudanças na vida das crianças após o divórcio.

No entanto, economicamente, também pode ser mais um desafio para os pais implementarem a Guarda Nidal. Isto porque eles precisam ter sua própria moradia (cada um com a sua) e garantir que a casa onde as crianças residem (ninho) permaneça adequada e funcional.

A Guarda Nidal é possível no Brasil?

A Guarda Nidal não é prevista especificamente na legislação brasileira como uma forma de guarda compartilhada. Entretanto, a legislação brasileira permite a custódia compartilhada, em que os pais compartilham a guarda dos filhos de forma igualitária ou proporcional.

Assim, embora a Guarda Nidal não seja uma forma reconhecida legalmente no Brasil, os pais podem optar por implementá-la como um acordo privado de custódia, se for do interesse das partes e se não houver objeção do juiz responsável pela homologação do acordo de guarda. É importante lembrar que qualquer decisão de guarda de filhos deve sempre priorizar o bem-estar das crianças envolvidas e ser avaliada caso a caso.

Quais os seus benefícios para as crianças?

A Guarda Nidal pode ter alguns benefícios para as crianças envolvidas após o divórcio dos pais. Alguns possíveis benefícios incluem:

  1. Estabilidade: pode oferecer às crianças uma sensação de estabilidade e continuidade em suas vidas após o divórcio, já que elas permanecem em uma residência familiar constante e não precisam se adaptar a mudanças constantes de ambiente.
  2. Menos estresse: as crianças não precisam se preocupar com a logística das mudanças frequentes entre as casas dos pais, pois são os pais que se deslocam para a residência da criança (ninho). Isso pode reduzir o estresse e a ansiedade associados às transições frequentes.
  3. Melhor relacionamento com os pais: pode ajudar a manter o vínculo e o relacionamento das crianças com ambos os pais, já que elas passam tempo igual com cada um deles em um ambiente familiar compartilhado.
  4. Redução de conflitos: ao evitar a necessidade de transferências frequentes das crianças de uma casa para outra, pode haver menos oportunidade para os pais se desentenderem ou discordarem sobre a logística da custódia.

Porém, é importante lembrar que cada situação é única e que a Guarda Nidal pode não funcionar para todas as famílias. É fundamental avaliar cuidadosamente os interesses e necessidades das crianças envolvidas antes de tomar uma decisão sobre a melhor forma de implementar a custódia compartilhada após o divórcio. Na dúvida, procure um advogado especializado no assunto. Leia também: Esclareça suas dúvidas sobre Guarda Compartilhada!

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Abraço,

Diego Tamagnone
Diego Tamagnone
Advogado e Sócio-Diretor da Dockhorn & Tamagnone Advogados, com 20 anos de experiência na advocacia. Especialista em Direito Civil e Direito de Família. Mestre em Direito e Literatura. Professor universitário de graduação e pós-graduação.
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